Já parou para pensar em quanto você
consome de cacau no seu dia a dia?
Para muitas pessoas, produtos como chocolates, bebidas achocolatadas, bolos, biscoitos, gelatos, balas e bombons fazem parte de suas dietas, em diferentes proporções, de acordo com seus hábitos alimentares. Sim, o consumo de cacau no mundo é um universo vasto ligado à diferentes sabores.
O cacau (Amêndoa) é um alimento altamente energético contendo, em média, 43,3% de carboidratos, 18% de proteínas, 22% de manteiga, 6,3% de cinzas, 2,2% de teobromina – substância análoga à cafeína que possui efeito diurético, útil para reduzir os níveis de água no corpo. A substância ainda possui os efeitos estimulante e relaxante – e quantidades inferiores de água e substâncias fibrosas. Já os chocolates – subprodutos do cacau, compostos de açúcar, gordura e cacau em pó – também são altamente energéticos, e variam suas composições de acordo com a receita de cada produto, por exemplo: os chocolates com 70% de cacau podem conter, aproximadamente, 35% de manteiga de cacau, 35% de torta de cacau e 30% de açúcar, isto é, apenas 35% de material nutritivo de fato, provenientes da torta de cacau.
Com o crescimento da demanda por produtos destinados ao mercado fitness e de dietas com base em orgânicos natural, é esperado que isso resulte em maiores demandas por cacau em pó, sendo ele uma perfeita e aplicável opção extremamente energética e nutritiva para o sabor de produtos como barrinhas e biscoitos saudáveis.
A partir do cacau em pó também são produzidos achocolatados: de modo geral, compostos a partir da adição de açúcares, minerais, vitaminas e outros ingredientes que variam de acordo com as diversas receitas em suas especialidades de produção. Além disso, diferentes tipos de farinhas e fermentos podem ser utilizados juntamente ao cacau para fabricar bolos e biscoitos dos mais variados tipos e formatos.
Para onde vai toda essa energia?
Alimentos de alto valor energético possuem maior demanda em lugares mais frios e de invernos mais rigorosos, onde as pessoas precisam manter suas temperaturas corporais em níveis saudáveis, consumindo mais calorias em diversos alimentos e tendo em vista os hábitos culinários dessas regiões, com o cacau não é diferente.
Em 2015 a FORBES analisou os comportamentos do mercado de chocolates ao redor do mundo, e revelou que os 5 países com as maiores médias anuais de consumo por habitante são todos países europeus de clima frio e altos níveis de qualidade de vida: Suíça (8,98 kg), Alemanha (7,89 kg), Irlanda (7,39 kg), Reino Unido (7,39 kg), Noruega (6,62 kg). Mas tais padrões de consumo também são reconhecidos no mercado brasileiro, já que aproximadamente 71% do consumo de chocolate ocorre nas regiões Sul e Sudeste do país, fato que também se associa à forte cultura local.
Entretanto, o país que mais consome chocolates no mundo em quantidades totais são os Estados Unidos da América, cuja população consome em média 4,31 kg per capita anualmente. Por isso, então, os EUA é um dos países responsáveis por grande parte do processamento do cacau no mundo (8% do volume mundial), sendo grande importador da amêndoa de cacau, perdendo em volume de importações apenas para a Holanda, que junto à Alemanha processam mais de 20% da produção mundial de cacau (UNESCO 2018).
Nesta corrida entre importações e exportações no mercado de cacau, a Holanda é responsável pela maior importação mundial de cacau (210 mil toneladas), com um detalhe fundamental no seu posicionamento: é também o país que mais processa as amêndoas agregando-lhe valor, diferente dos EUA cuja importação é direcionada para abastecer o consumo interno de chocolates. E a pensar nas estatísticas, nos hábitos de consumo dos países do hemisfério norte, uma outra realidade – e também potencial variável nos dados – se apresenta para o mercado: E se todo mundo resolvesse consumir o Cacau ao mesmo tempo? E se nos países do Oriente a demanda de cacau aumentar?