Américas, Mercosul e para onde vai o Cacau Brasileiro?
No cenário atual, o cacau brasileiro segue sua tendência de maiores importações para a Argentina e para os Estados Unidos. Na dobradinha americana, porém, a Argentina alavanca as importações das amêndoas brasileiras, tendência que pode ser acompanhada principalmente pelos acordos do Mercosul, também relacionada ao balanço do câmbio. Os Estados Unidos, porém, são os grandes importadores da manteiga de cacau brasileira, importando principalmente o cacau produzido na Bahia. Qualitativamente, podemos associar ao grande consumo e produção de chocolates nos EUA.
No site da Comex (AliceWeb/Análise de Informações da secretaria de Comércio Exterior), é possível acompanhar detalhadamente o histórico de importações e exportações do mercado de cacau brasileiro. Não obstante, dados detalhados sobre o mercado da torta de cacau, chocolates e subprodutos também estão disponíveis de forma transparente.
Segundo as informações do Comex do ano passado, acerca dos derivados de Cacau e das 50.408 toneladas exportadas ao longo de 2019, a Argentina foi responsável por 41,21%, os EUA: 25,59% e a Holanda: 10,21%. Mas por que pensar assim é tão importante? Se iniciarmos uma análise de cruzamento simples de dados: exportações de derivados de cacau para a Argentina (um dos nossos compradores em ascendência) x Importações Chocolate pela indústria brasileira, veremos indicadores de um cenário de crescimento e tendência de fortes relações comerciais. Das 27.466 toneladas de chocolate exportadas pelo Brasil no ano passado, a Argentina representa 18,31%, o Paraguai 15,63% e o Uruguai: 11,33%. Ponto para os argentinos na parceria de negócios.
No mercado mundial de amêndoas, das 491 mil toneladas produzidas pelo Brasil, nosso maior comprador é o Japão: 76,50%, seguido da França: 9,98% e, finalmente, a Suíça: 5,75%. É sensível percebermos que países tão rigorosos na qualidade das amêndoas, de mercados tradicionais protecionistas, como França e Suíça, já consideram o mercado brasileiro como fonte segura do produto para além das questões de câmbio. Em vista dos fantasmas deixados pela vassoura-de-bruxa, os produtores Brasileiros seguem em crescimento e prosperidade.
Já no cenário das importações, além da compra de amêndoas dentro do país (grande parte dos estados do Pará, Bahia e Espírito Santo, em suma produtores para exportação), o mercado brasileiro conta como maior parceiro para compra de amêndoas a Costa do Marfim. Das 56.110 mil toneladas de amêndoas importadas, representam nesta porcentagem: Costa do Marfim: 91,92%, seguida de Gana: 8,06% e Bélgica: 0,01%.
Para além do esforço de análise de tendências da presença brasileira no Mercosul, a relação entre a compra de amêndoas, a exportação de subprodutos do cacau, a importação/exportação de chocolates, ditam grandes variáveis no mercado financeiro de commodities, comportamento essencial para melhores práticas de compra do Cacau.
Manteiga de Cacau, cacau em pó e pasta de Cacau:
Importações em Janeiro-Fevereiro 2020 (COMEX)
Favor indicar fornecedor para exportar o cacau.
Ei Tatiana, tudo bem?
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A gente entende de Cacau!